E São Paulo urra lá fora.
Ou chora. Eu não sei.
Às vezes, alguém transvestido de pássaro tenta fazer algo. Mas as
coisas se perdem em detalhes. O que é suave se perde por falta de distração.
Uma buzina, uma seta, e as coisas de nowhere acabam virando coisas.
Um rubor, um desaconselho. Pensa-se pensar em coisas. Mas as coisas é que
pensam. Tomam forma, incidem como um tambor, tintilam e parece-se nunca sair do
carro, parece não ter fim o caminho, assim como não tem fim as músicas que se
repetem no radio.
Tudo é um preço que se paga. Finge-se ignorar, pensa-se ser imune às
atrocidades do que é visível. Nada dá lugar à música de fundo, à palavra que
faz prequiça de lembrar. É muito transeunte. São muitos ombros que levam quase-ideias
como enxurrada. O fugaz que se esvaia bueiro abaixo, o sublime que se
corrompa!! E o amor. Esse que fique pra depois.