Eu, por mim, te escovava os dentes.
Eu, por mim, te descalçava num dia como este ou como noutro qualquer.
Por mim, te despia, te lavava, te esfregava pra espantar a sujeira da cidade lá fora ou o tédio aqui dentro.
Por mim, te abraçava pelas costas pra esquentar, mas mais pra dizer que estou aqui, depois da sopa e do amor quentes.
Eu, por mim, te cuidava como o barbeiro meticuloso nas manhãs de sábado, como aquela vizinha com suas samambaias.
Por mim, tava aqui, no pé, ou na cabeça, te amparando de ombros. E nessa troca que espero, combina-se que eu me dou e você me recebe.
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