Costuraram a seco. A agulha mergulhava em pele seca como
areia para encontrar ar do outro lado e repetir o movimento. Infinitas vezes.
Nem sangue coloria porque a nada era devido transbordar. Foi instituído que se
contivesse qualquer líquido, qualquer lágrima.
Sobra nem ar dentro do peito, parece tudo uma poeira cansada
que não se revolve. Nenhum redemoinho, vento, sopro. Tudo é velho e não háligaçãoexternadenadacomnada.
Dentro é um oco, como a bexiga de um carneiro sangrado ressecando no varal.
Fio que parece a estrada ou o trilho do metrô. Lugar de
levar a lugar nenhum. Nenhum cânion, nem falésia, nem poesia em pedras ou
coqueiros. Fim-de-semana é palavra amarela que subsiste em outros lugares,
outros ouvidos, outros olhares.
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