Ele aguardava. Não se sabia, ao certo, antes. Na verdade, não parecia impaciente pela postura que exercia, mesmo em sua baixa estatura. Parado ali, não era só a idade que trazia um tipo de presença, mas uma dor que se mostra, pelo menos pra mim. Mãos nos bolsos de um blazer que, em seu tamanho, não parecia o descuido de proporções, mas mais uma inspiração de duas décadas atrás.
A um certo ponto, não era mais tão cedo, ela chegou. Não era bonita, por certo, alguns traços pouco femininos, quase causando dúvida, mas era jovem. E ele, antes em pé no mesmo lugar por tempos, agora escolhera uma mesa onde posicionava as cadeiras de modo a deixá-lo por trás dela e abraçado carinhosamente. A estatura, a leve magreza debaixo da pele já não tão firme que aparecia nos braços agora sem o blazer escuro, tudo parecia diminuído pelo modo com que ele a abraçava, masculino e tenro, sabedor de coisas e da vida.
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