De tudo, sei que o que vem matando é o
desejo. Pílula evervecente que alguém engoliu sem água.
De noite, o gelo seco desses desesperos
parados vem de manso por debaixo das portas, mesmo que eu insista em borrifar
cheiros pelo ar.
Travesseiro parece pedra. Sabonete incomoda
só de lembrar sua intenção. Pisos frios pra lembrar choques de realidades. É
claro, é escuro, frio, quente. Não se quer saber de diferenças, tudo se ignora
como se eu fosse assunto de criança conversando na altura da cintura dos
outros. Tudo que falo se mistura. Não existe fala – sempre meu instrumento.
Existe só meu corpo (corpo, corpo). Este aqui que sobrevive somehow, mas… até
quando, até onde? Onde vai o limite desses lençóis leitosos de sensações?
Nenhum comentário:
Postar um comentário