E eu passei a ficar pesada, eu voltei a ficar pesada. Pensei fosse um sonho, meu corpo leve como uma casca de cortiça. Pouca pluma dentro do travesseiro. Tudo querendo extravasar em ar, tudo murchando o ar de dentro. As partes não mais enchem as mãos como dantes: seios como fruta velha na fruteira. E as pálpebras viraram um invólucro de memórias cansativas. O que se mostra de fora passou vindo de dentro como peneira, osmose de experiências insolúveis.
Rosa, róseo, pálido, tons se esmaecendo como pele. E as coisas vão se indo e se esvaindo, descolorindo o que de bom pensava-se ter se acumulado em algum lugar. Fotografias, assim como as memórias, também amarelam.
A unica coisa que deve permanecer é o futuro...
ResponderExcluirO amarelo... só o dourado ouro.
Você esta linda...
Quanto mais pesada,
mais mulher,
mais verdadeira,
mais colorida,
mais permanente.
Da peneira de cortiça se faz a transparencia, totalmente transparente.
te amo
só!