terça-feira, 4 de setembro de 2012

lights

O dia já tinha amanhecido quando se ouviu o quebrar de garrafas (verdes) lá em baixo. Não sei mesmo se acordara com o som da arruaça ou, me antevendo, fui despertando pra ser testemunha daquele alvoroço.
Era comum se acordar cedo, mas, naquele dia, a tenra madrugada de outrora se tornara peso morto sobre os ombros. Febril pareci durante a noite entre os pensamentos de pensamentos. Meio do caminho de não-sensações.
Tantas arquitetações para coisas de sem-fim. Haveria de ter um vestíbulo para certas situações na vida, um momento de prefácio, uma pré-estreia pra se decidir querer ou não entrar. (Decisão...). Mas, de atropelo e ladeira, desconsiderou-se que pudesse haver um pouco de prudência no viver. (Prudência...).
E o romper de estilhaços e vozes mudas antes poderia trazer susto, medo, palpitação, agora, me fazia era um quereloso de não poder estar entre os mesmos fanfarrões.

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