sábado, 6 de abril de 2013


Acho que lá se foi o último caco, mas sempre encontro mais um e mais um pela casa, o que me faz lembrar de noites mal dormidas. Varrer pra debaixo do tapete, esconder de si mesma pós e restos de coisas que vão se depositando, pesadas como mercúrio.
Mas mais uma parte de uma coisa, mais uma parte e os cacos são peças de você mesma. E a matéria de que são feitos nada difere do que também te forma.

Um comentário:

  1. Que dia para falar de cacos,
    mas de cacos e cacos
    essa leitora frequente
    faz esculturas pós modernas.
    o mercúrio é pesado,
    mas vermelho
    cor do sangue.
    Sangue que é vida
    como a água
    que escorre por entre os lábios carnudos
    e nos leva a poesia
    e nos da alma
    quando não somos pequenas.
    E não somos pequenas.
    Pra sempre kassia

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