domingo, 19 de agosto de 2012

an angel hits the ground

você pode olhar por uma janela em berlin, em munique, no saraiva, em brasília, na rua da praia. o olhar pode ser diferente. mas pode-se pensar a mesma coisa, os mesmos pensamentos lançados pelo rio, por cima da colina. tudo é longe. tudo e você sempre são distantes. coisas inatingíveis como as pessoas lá embaixo comemorando algo do qual você não faz parte. canções que se dedicam. pessoas de antes, pessoas de uma vida compartilhada baixinho. cochichos debaixo da coberta. mãos. frio que não se passa só. o porto em rostock. o córrego dos marimbondos. risos que se abafavam com as mãos no escuro. e a música no rádio sempre parece um presságio, um sinal de que talvez os fios de mensagens estejam operando de alguma forma, que talvez haja correspondência e que tudo pode viajar nessas velocidades. e a solidão parece só (?) um filme, um clipe em preto e branco, uma cena que você pode assistir como um espectador de si mesmo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário