terça-feira, 21 de agosto de 2012

De noite, era novidade estar assim. Compor um momento. Agora, poderia. Coisa pouca, pensavam. Mas, pra ela, não. A casa – tábuas roucas – era agora e tanto quanto o quisesse só dela. Seu vestido branco era praticamente escolhido para povoar a sala, confuso em cortinas esvoaçantes quase trazendo frio. E ela fazia questão de preencher todo o espaço com pés descalços que varriam o chão, tão rodopiante era ela. Mais cedo, um pouco só, incensos de todo tipo, velas também de cheiros, um vinho na única taça que havia dentro da casa. Há alguns dias, gostava de ser assim. Era uma hora de quase ritual – flores. E os discos, aqueles há pouco tão guardados, agora lhe eram companhia de si para si mesma.

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