quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Eu, por mim, te escovava os dentes.
Eu, por mim, te descalçava num dia como este ou como noutro qualquer.
Por mim, te despia, te lavava, te esfregava pra espantar a sujeira da cidade lá fora ou o tédio aqui dentro.
Por mim, te abraçava pelas costas pra esquentar, mas mais pra dizer que estou aqui, depois da sopa e do amor quentes.
Eu, por mim, te cuidava como o barbeiro meticuloso nas manhãs de sábado, como aquela vizinha com suas samambaias.
Por mim, tava aqui, no pé, ou na cabeça, te amparando de ombros. E nessa troca que espero, combina-se que eu me dou e você me recebe.

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