quarta-feira, 23 de maio de 2012


É... passou da hora, passou do ponto. Mas as imagens e as sensações em mim não acabaram.
Há coisa já de dois meses, eu e meu irmão assistimos ao Pina, filme do Wim Wenders. Aliás, não sei em que categoria se encaixa, definitivamente não é um documentário. E, dado o tempo escorrido, não posso falar das passagens, de tanta coisa bonita que veio tocar meu rosto em 3D agora aqui, sem a pele ouriçada, sem o grau das cores e da dor - tudo o que senti quando saí do cinema. Mas fica a coisa incessante de recorrer às suas imagens, mensagens, coisas que ela enviava aos outros. Ela permanece, apareceu num sonho de uma bailarina. Também, no comentário de uma outra: as pessoas me perguntam como é ficar sem Pina, disso eu realmente não sei (das weiss ich gar nichts...). Pina é pra sempre, está esticando seu corpo esguio por entre as cadeiras, cambaleante pelo salão, fina, comprida, insistente.

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